Fotografia: da esquerda pra direita, Sonia Maria Andrade de Aquino Afonso (mãe), Walter Afonso Filho (pai), Bruno Klaus, Guilherme Teixeira (Gerente de Marketing ICBEU), Ana Rita Teixeira (Diretora Geral ICBEU).
Por Stevão Pacheco,

Bruno Klaus de Aquino Afonso, 19 anos, universitário, cursa o 6º semestre de Bacharelado em Ciência e Tecnologia na UNIFESP em São José dos Campos.

Iniciou seus estudos em inglês no ICBEU quando tinha 11 anos, aos 15 anos já obteve o MET- MICHIGAN ENGLISH TEST aplicado na mesma instituição, trata-se de um exame internacional que avalia a proficiência da língua inglesa, finalizando seu curso um ano depois, aos 16 anos.

Em seguida já ingressou na UNIFESP, com 18 anos já cursava o terceiro ano da universidade e por indicação de um professor, ingressou no programa Ciência Sem Fronteiras do CNPq – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do Governo Federal, que oferece bolsas de estudos internacionais a estudantes brasileiros.

Bruno saiu do Brasil ainda com 18 anos e foi aperfeiçoar seus conhecimentos na Universidade Técnica de Eindhoven TU/e, na Holanda, na qual cursou 12 disciplinas em menos de um ano, com notas muito acima da média e por isso, recebeu da universidade holandesa o título Student Honors.

A universidade holandesa oferece um dos melhores cursos de engenharia do mundo, segundo o ranking Shangai de Engenharia e está localizada em uma região que se destaca pela produção de inventos de alta tecnologia como a primeira transmissão de TV, o raio X, a invenção do CD, DVD, etc.

Em entrevista a Redação do ICBEU, Bruno nos fala mais a respeito de sua experiência:

De onde partiu o interesse de participar do Programa Ciências Sem Fronteiras?  Porque a Holanda?

O meu pai já trabalhou na Holanda e sempre me contava várias histórias, que foram me despertando o interesse pelo país. Por indicação de um professor aqui da UNIFESP, ingressei no CSF e apareceu a oportunidade de ir para Holanda.

Você é ex-aluno do ICBEU, onde estudou por 5 anos o curso de inglês. Como o instituto te ajudou nessa conquista?

O ensino forte com professores nativos que tive no ICBEU, me ensinou a pensar como os americanos e ingleses. Meu professor no instituto era o George, um britânico com quem ficava conversando por vários minutos nos intervalos das aulas, isso me ajudou muito, sem dúvidas.

Cursou doze disciplinas em menos de um ano no Departamento de Matemática e Engenharia da Computação da Universidade Técnica de Eindhoven TU/e, na Holanda. Como foi essa experiência? Do que mais gostou?

O que mais gostei é o fato dos cursos terem uma entrada unificada, o curso de formação é baseado nas disciplinas cursadas, que são eletivas, por exemplo, tenho interesse em me formar em Engenharia da Computação, mas posso também me formar em Matemática, Engenharia Biomédica ou Engenharia de Materiais, somente cursando outras disciplinas específicas.

Fui para a Holanda com mais dois brasileiros que também participavam do Ciência Sem Fronteiras, mas o maior contato que tive foi com os colegas que dividiram o alojamento, entre eles, um australiano, francês, português, sueco e italiano. É muito interessante a troca de informações e experiências pois cada um vem com a sua própria cultura, com suas peculiaridades.

Você recebeu o título de ‘Student Honors’ pela Universidade Técnica de Eindhoven TU/e, da Holanda, uma honraria que é concedida aos estudantes que atingem a média final 8. A média normal exigida na Eindhoven é 6, sua média foi de 8,416. Qual foi o principal desafio para conquistar esse título? Como era a sua rotina de estudos?

Eu já saí do Brasil com a proficiência na língua inglesa, mas nunca tinha experimentado viver em um país cuja língua nativa é o inglês, foi uma experiência nova e enriquecedora. Sobre a rotina de estudos, achei mais fácil do que no Brasil, pois são cobradas apenas 3 disciplinas por período, você estuda mais focado.

Em toda essa experiência que vivenciou, o que mudou na sua vida?

Sem dúvidas o amadurecimento pessoal. Antes de sair para a Holanda, mal tinha saído de São José dos Campos. Lá vivi em uma outra cultura, tive que aprender as diferenças e me adaptar. Essa experiência vou levar para toda a vida.